Coronavirus pós-varejo: Como serão as lojas físicas após a crise?
As lojas físicas provavelmente foram as empresas mais afetadas pela crise do Coronavírus (Covid-19), exceto supermercados, farmácias e quiosques. As lojas de roupas foram forçadas a fechar e ceder todo destaque às suas plataformas digitais durante o período de confinamento. Mas o que acontecerá quando a crise for superada e a vida voltar às ruas?
Um retorno à normalidade não será fácil para ninguém, nem mesmo para grandes conglomerados, pois eles terão que enfrentar os mesmos desafios que os pequenos comerciantes: implementar medidas de segurança em seus estabelecimentos. A capacidade será muito limitada, não haverá testadores e o uso da tecnologia será mais pessoal. Além disso, durante os primeiros meses e enquanto durar a ameaça de recuperação, espera-se que as instalações tenham um documento que a ateste como um “local seguro”.
Será estabelecida uma capacidade limitada
Como está sendo realizado nos supermercados, o controle de capacidade nas lojas será uma medida necessária e praticamente obrigatória. Por meio de ferramentas de contagem, rastreamento, mapas de calor ou mesmo manualmente, uma capacidade máxima permitida será estabelecida dependendo da superfície das instalações para garantir que o medidor de separação entre os clientes seja mantido.
Testadores
Os pontos de venda serão desinfetados com frequência, no entanto, os provadores são possivelmente a área mais problemática, especialmente nos estágios iniciais da reabertura. São espaços muito pequenos, onde é difícil manter a distância, o que poderia favorecer o contágio. Embora no começo se falasse em desinfetar testadores toda vez que um cliente os usasse, na prática isso não é viável. Embora seja verdade que a opção de eliminar os testadores a longo prazo não seja considerada, é possível que nos primeiros meses seu uso seja proibido.
Vestuário
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não sabe ao certo quanto tempo o Covid-19 pode sobreviver fora do corpo humano, embora seus estudos mais recentes calculem que o vírus possa viver até nove dias em superfícies como metais, vidro ou plástico.
Quanto tempo dura o Covid-19 em roupas?
Por exemplo, é recomendável que, quando voltarmos para casa do supermercado, jogemos a roupa para lavar para remover qualquer resíduo particulado. Se essas são as medidas a serem levadas em consideração com nossas próprias roupas, como podemos garantir a segurança das roupas em uma loja pela qual centenas de clientes passam todos os dias? É nesse ponto que as grandes cadeias ainda diferem: os clientes tocam nas roupas o tempo todo e é inviável, como nos testadores, desinfetá-las sempre que isso acontece.
Há também outro desafio: retornos. Esse desafio afeta as lojas on-line e as físicas: as roupas chegam às casas dos consumidores, experimentam as roupas e, se não gostam e querem mudá-las, quais protocolos serão seguidos? Até hoje, as medidas adotadas pelas grandes marcas foram estender os prazos de devolução das peças em até 60 dias, mas não está muito claro o que elas fazem com as roupas.
Gerenciamento de filas e pagamentos
Embora o uso de testadores possa ser restrito por um tempo, a fila a pagar é inevitável. A solução? Siga as medidas realizadas pelos supermercados: marque o chão com linhas para garantir a distância mínima entre os clientes.
No pagamento, recomenda-se o uso do cartão em detrimento do dinheiro, mas as novas medidas passam pela cobrança através de dispositivos móveis, evitando qualquer tipo de contato.
Conclusão
No entanto, teremos que esperar o término do confinamento para ver as medidas reais tomadas pelas empresas. No momento, e para salvar a temporada, muitas empresas de roupas estão oferecendo ótimos descontos em seus sites e frete grátis, sem compra mínima.
Temos certeza de que a maior empresa de varejo do mundo, INDITEX, já está trabalhando em protocolos de ação para suas lojas após esta crise e na KEYPLAN estaremos vigilantes, pois temos certeza de que suas ações serão um modelo de referência para outras lojas em consumo.